Num local onde predomina a pedra quer da casa existente tipicamente beirã, quer dos afloramentos rochosos, a piscina e a sua zona envolvente fazem o contraponto com o desenho acidentado do terreno, criando uma plataforma bem definida, trazendo alguma ordem à arbitrariedade dos materiais naturais e das construções ali existentes. A uma cota alta, a piscina abre-se completamente sobre a paisagem circundante, parecendo levitar sobre o monte da Senhora do Castelo. Existe sempre uma forte relação com a natureza, quer num plano profundo, com o monte, quer num plano mais próximo, com os arranjos exteriores da habitação, as oliveiras existentes e a nova magnólia grandiflora, colocada estrategicamente no plano de água, criam as sombras tão necessárias a permanência, associada a um pequeno banco ou mesa de apoio no interior da piscina ou no muro da casa de máquinas da piscina, que também ele serve de espaço de estar ao sol.

A poética do desenho encontra-se nos detalhes, na forma curva da piscina que abraça a magnólia plantada no interior do plano de água, e no desenho do deck que faz, de uma forma muito subtil e elegante, a transição entre a piscina e a envolvente pétrea. Além disso, marca as zonas de permanência e de apoio à piscina, através de duas zonas de estar distintas e a cotas diferenciadas. Neste projeto foi utilizado o deck N-Durance da Moso e o sistema de fixação Grad.